Newsletter Conib - 12-05-11

Conib destaca
Quinta-feira, 12 de Maio de 2011
Por Celia Bensadon
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários

1. Obama fará discurso sobre Oriente Médio na próxima semana


O presidente dos EUA, Barack Obama, fará importante discurso sobre planos de ação para o Oriente Médio no início da próxima semana, quando apresentará sua nova estratégia após a morte de Osama Bin Laden e em meio às turbulências no mundo árabe, segundo adiantaram autoridades americanas. Uma questão importante sobre a qual ainda não há posição definida é se Obama, que teve sua imagem global fortalecida com a morte do chefe da Al Qaeda por forças norte-americanas, vai também usar o discurso para apresentar novas propostas para uma retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos. Obama, que terá um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca no próximo dia 20, estuda a possibilidade de fazer o discurso antes de partir para uma viagem à Europa no início da semana de 22 de maio, disse um funcionário da americano (Por Matt. S. – Reuters). Leia mais em:
President to Renew Muslim Outreach
Obama may preempt PM's speech to US Congress
Obama to lay out new Middle East strategy as early as next week


2. Itália não reconhecerá um Estado palestino, diz Berlusconi


O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, garantiu que seu país não apoiará qualquer declaração unilateral de um Estado palestino e disse crer que essa é também a posição da União Européia. “O reconhecimento unilateral não é a forma correta de se conseguir acordos”, disse o primeiro-ministro em evento promovido pela embaixada israelense em Roma para comemorar o 63º aniversário de Israel. Berlusconi destacou que Israel é a única democracia no Oriente Médio e que a Itália fica preocupada quando esse país se encontra em situações difíceis (Aurora). Leia mais em:
Barak presents plan for Israeli-Palestinian pact
Palestinian official: Stalled peace talks would make intifada hard to stop

3. Fatah e Hamas chegam a acordo para que Gaza tenha pleito


Dirigentes do movimento nacionalista Fatah e do grupo islâmico Hamas concordaram que as próximas eleições municipais, previstas apenas na Cisjordânia, sejam realizadas em todos os territórios palestinos, inclusive na Faixa de Gaza. Os dois grupos decidiram adiar a convocação das eleições municipais na Cisjordânia para permitir que sejam realizadas simultaneamente na Faixa de Gaza, disse Azzam al Ahmad, dirigente do Fatah, ao jornal Al Ayyam, editado em Ramallah. A decisão foi adotada depois que os dois grupos chegaram a um acordo na semana passada no Cairo, após quatro anos de disputas (Efe).

4. Alemanha condena guarda nazista a cinco anos de prisão


Um tribunal de Munique considerou o ucraniano John Demjanjuk, de 91 anos, culpado pela morte de milhares de judeus durante o regime nazista. Demjanjuk foi condenado a cinco anos de prisão pelo assassinato de 27.900 judeus quando era guarda no campo de extermínio nazista de Sobibor durante a Segunda Guerra Mundial. "Como guarda, participou dos assassinatos de quase 28.000 pessoas", declarou o presidente do tribunal, o juiz Ralphe Alt. Em maio de 2009, Demjanjuk foi expulso dos Estados Unidos, onde morava desde 1952. Ele já havia sido condenado à morte em Israel em 1988, acusado de ter trabalhado em Treblinka, outro campo de extermínio, mas depois foi absolvido por dúvidas sobre sua identidade. Ele foi guarda do campo de concentração de Sobibor de 27 de Março de 1943 a meados de setembro de 1943. A condenação, porém, não encerra a série de processos judiciais contra o acusado. A defesa prometeu recorrer da sentença enquanto Demjanjuk responde a outras acusações nos Estados Unidos (AFP). Leia mais em:
Tribunal da Alemanha liberta nazista condenado a cinco anos de prisão por mortes de judeus em campo de concentração
Jewish groups hail news of Demjanjuk guilty verdict
John Demjanjuk convicted of aiding murder of 28,060 Jews in Holocaust
'Demjanjuk conviction shows Holocaust criminals are held accountable'

5. Bento XVI pede que católicos e judeus estejam juntos na defesa de direitos


O papa Bento XVI propôs que católicos e judeus estejam juntos na luta pela defesa dos direitos humanos. Em encontro com delegação da B'nai B'rith International, Bento XVI disse que os últimos quarenta anos de diálogo devem ser vistos como um grande dom do Senhor e um motivo de gratidão para com Aquele que guia os nossos passos com sua infinita e eterna sabedoria. “A reunião de Paris confirmou o desejo de católicos e judeus de se unirem no cumprimento dos imensos desafios do mundo e no dever religioso de combater a pobreza, a injustiça, a discriminação e a negação dos direitos humanos universais” – lembrou o papa (Radio Vaticano).

6. Bin Laden queria novo 11/9 para tirar EUA do Oriente Médio, diz jornal


Manuscritos apreendidos na casa em que Osama Bin Laden foi morto, no Paquistão, indicam que o terrorista planejava novo ataque aos moldes do 11 de setembro para forçar os EUA a se retirarem do Oriente Médio, revela matéria do jornal britânico Guardian. Autoridades do governo americano informaram ao diário que o material contém recomendações do chefe da Al Qaeda de que pequenos ataques não teriam o efeito necessário. O objetivo seria causar impacto com grande número de mortes semelhante aos ataques às torres gêmeas, em 2001, para tentar forçar uma mudança na política externa americana na região (Folha.com). Leia mais em:
Em diário, Bin Laden planejava ataques aos EUA
EUA repassam a outros governos informações dos arquivos de Bin Laden

7. “Terrorismo, islã e a democracia árabe”


A morte de Osama Bin Laden, líder da rede de terrorismo Al Qaeda, representa o cumprimento de um objetivo político com forte sentido simbólico para a sociedade global, em especial para a norte-americana. Entretanto, a problemática do terrorismo internacional não se equaciona na eliminação de Bin Laden. Sua morte não levará ao fim do fundamentalismo islâmico. A emergência do extremismo e do radicalismo no mundo muçulmano é oriunda da pobreza, da exclusão e da marginalização social. Por outro lado, os atentados terroristas da Al Qaeda pelo mundo constituíram-se no maior desserviço que Bin Laden poderia prestar ao mundo islâmico de forma geral e ao mundo árabe em particular. Um estudo da Academia Militar em West Point (EUA) revela um dado importante: entre 2004 e 2008, 85% dos atentados terroristas foram realizados em territórios de países islâmicos. E as principais vítimas do terror fundamentalista foram os próprios muçulmanos (Por Hussein Ali Kalout - cientista político, especialista em Oriente Médio, é professor de relações internacionais e secretário de Relações Internacionais do Superior Tribunal de Justiça -, em artigo na Folha de S.Paulo). Leia mais em:
“Para combater o anti-islamismo”

8. Morte de Osama Bin Laden é boa para a Rússia, diz Medvedev


O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, disse que a morte do terrorista Osama Bin Laden é benéfica para a segurança da Rússia. "Acabar com terroristas, mesmo aqueles importantes como  Bin Laden, tem relação direta com o nível de segurança em nosso território”, disse Medvedev, em declarações divulgadas pela agência de notícias estatal Itar-Tass. "Não é segredo que a famosa rede terrorista da Al-Qaeda manda regularmente os seus emissários para o nosso território", acrescentou Medvedev (Reuters).

9. “Islamabad terá de escolher entre jihadistas e Ocidente”


A morte de Osama Bin Laden pode ser um momento de transformação para o Paquistão e o seu Exército. O país tem a oportunidade de decidir se quer confrontar a violência islâmica ou encarar as consequência da atual política dos militares de dar apoio aos jihadistas com uma mão, ao mesmo tempo que os esbofeteia com a outra. Se o Paquistão escolher este segundo caminho, ficará cada vez mais vulnerável ao caos interno e a uma ação americana mais direta contra os insurgentes que operam abertamente no país. Desde a operação dos EUA contra Bin Laden, seus anfitriões ainda se perguntam como tudo ocorreu e porque as defesas aéreas paquistanesas permaneceram inativas. Sugestões feitas por líderes paquistaneses e americanos de que o Paquistão teve um papel importante na operação caíram no vazio. Longe de dar alguma função para as Forças Armadas paquistanesas na operação, os EUA as consideravam uma ameaça potencial e não as informaram da operação (Por Pervez Hoodboy, O Estado de S.Paulo).

10. Oposição paquistanesa usa crise a seu favor

A pressão política sobre o governo do Paquistão cresce não só no exterior, mas também no front interno. Não se vê uma pessoa satisfeita com as parcas explicações sobre o fato de a operação que matou Osama Bin Laden no dia 1º ter ocorrido a poucos minutos da principal academia militar do país. A oposição ao governo de Asif Ali Zardari resolveu tirar proveito da situação. Seu principal líder, o ex-premiê Nawaz Sharif, criticou duramente os militares e afirmou que Zardari tem de instaurar uma comissão do Judiciário para analisar o caso - e não uma encabeçada por um general, como fez (Por Igor Gielow, Folha de S.Paulo).

11. Membro da Irmandade Muçulmana vai disputar presidência do Egito


Abdel Moneim Abul Futuh, membro da Irmandade Muçulmana, vai tentar concorrer à presidência do Egito como candidato independente, numa decisão que pode atrair simpatizantes do grupo islâmico que havia anunciado anteriormente a sua intenção de não disputar eleições. Grupos seculares e o Ocidente estão preocupados com o poder que a Irmandade pode ganhar nas primeiras eleições desde a queda do ex-líder Hosni Mubarak. Décadas de regime autoritário limitaram o desenvolvimento de rivais potenciais pelo cargo. O maior movimento islâmico do Egito tentou minimizar os temores ao dizer que não iria concorrer à presidência na eleição marcada para o início do próximo ano, nem buscaria a maioria no parlamento, garantindo que ia disputar apenas a metade das vagas (Por Marwa Awad e Abdelrahman, Reuters).

12. “O pós-Osama”


A morte de Osama não cessa de ter desdobramentos, alguns deles talvez encarados como desconcertantes. Sabe-se agora, por exemplo, que o Departamento de Estado americano tem uma “estratégia de reconciliação” e que ela foi afinal também adotada pelo Conselho de Segurança Nacional. Consiste em negociar com os talibãs, os mesmos que os Estados Unidos expulsaram do poder no Afeganistão por darem abrigo a Osama e à Al-Qaeda. “Começar negociações de paz no Afeganistão tornou-se prioridade para os Estados Unidos”, é o que pensa e diz Marc Grossman, representante especial de Washington no país invadido pelos americanos. O próprio Grossman encontrou-se no Paquistão com o vice-ministro do Exterior do Afeganistão e o ministro do Exterior paquistanês e negociar com os talibãs foi cabeça da agenda. Os três concordaram, segundo o Washington Post, em montar um grupo que promova e facilite a obtenção da paz no Afeganistão e isso só seria possível com os talibãs à mesa. A crença, por parte do Departamento de Estado, da diplomacia americana, seria a de que o fracasso do Paquistão na caçada a Osama, afinal concluída pelos Estados Unidos, o torne mais suave numa mesa de negociações, na qual os talibãs também tenham assento (Por Newton Carlos, Correio Braziliense). Leia mais em:
“Bye bye, Bin Laden”

13. Em plena crise política, mundo árabe compra cada vez mais do Brasil


A balança comercial do Brasil com as nações árabes não para de avançar, a despeito das recentes revoltas populares que estão mudando a história da região (que engloba o Norte da África e o Oriente Médio). Entre janeiro e abril de 2011, as exportações nacionais aos vinte países que compõem o bloco – já excluída a Líbia, que deixou a Liga Árabe – somaram 4,085 bilhões de dólares, o que significa uma expansão de 44% em relação ao mesmo período de 2010. As importações também aumentaram, para 2,5 bilhões de dólares, mas a um ritmo menor, com alta de 19% ante o primeiro quadrimestre do ano passado. Tal desempenho, em pleno período de turbulência política na região, mostra duas facetas emblemáticas do mundo árabe: a manutenção do crescimento econômico e a importância do comércio com o Brasil. Segundo Miguel Alaby, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, o momento é promissor para que o país avance ainda mais, já que muitas nações do Oriente Médio e Norte da África passam por reformas importantes e tendem a sair da crise fortalecidas (Por Ana Clara Costa, Veja).

14. Síria desiste de vaga no Conselho de Direitos Humanos da ONU


A Síria retirou sua candidatura a uma cadeira no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), cedendo à pressão diplomática de países ocidentais pela forte repressão do governo sírio contra manifestantes da oposição. "A Síria se retirou durante uma reunião do grupo asiático e seu lugar foi tomado pelo Kuwait", afirmou Manjeev Singh Puri, vice-embaixador da Índia na ONU, que participou da reunião. O embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, descreveu a medida como uma troca, dizendo que seu país vai participar da próxima rodada de eleições para o conselho, daqui a dois anos (Agência Estado). Leia mais em:
Síria é o principal destino de armas exportadas ilegalmente, diz relatório da ONU
Jornalista detida na Síria é transferida para o Irã

15. TV líbia mostra imagens de Gaddafi em hotel de Trípoli


Depois dos rumores sobre se estaria vivo ou não, a TV estatal líbia divulgou imagens do ditador Muammar Gaddafi. As imagens mostram Gaddafi em encontro com autoridades em hotel na capital líbia, Trípoli. A estatal não informou quando as imagens foram gravadas. O ditador líbio não aparece em público há 11 dias, desde que um bombardeio da Otan destruiu uma das casas dele, no ataque em que morreram um filho e três netos de Gaddafi (G1). Leia mais em:
Secretário-geral da ONU pede imediato cessar-fogo na Líbia

16. Nome dos EUA para América Latina deixa o posto sob críticas

A saída iminente do chileno-americano Arturo Valenzuela do posto de diplomata número um do Departamento de Estado dos EUA para América Latina ocorre sob críticas tanto da direita quanto da esquerda a sua gestão. As opiniões correntes indicam que Valenzuela, apesar de conhecedor da região, não imprimiu voz própria ao posto de subsecretário para o hemisfério Ocidental e teve de amargar problemas até com aliados como o México. Entre as maiores decepções estão a abertura tímida em relação a Cuba e a política vacilante em resposta ao golpe de 2009 em Honduras (Por Andrea Murta, Folha de S.Paulo).

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Postagem antissemita e preconceituosa no Facebook revolta comunidade judaica

All Netanyahu needs is to say one magic number: 1967

“Qual será o próximo passo de Israel no Oriente Médio?”

Cientos de veteranos de la Segunda Guerra Mundial desfilaron en Jerusalén

Was Mubarak a Zionist?


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