Newsletter Conib - 8-10-10

Conib destaca
Textos e manchetes da mídia nacional e estrangeira
Para informar nossos ativistas comunitários
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1. Liga Árabe se reúne para decidir futuro do processo de paz no Oriente Médio


Chanceleres da Liga Árabe estão reunidos hoje na Líbia para ouvir os argumentos do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, pela suspensão do processo de paz com Israel, até que o Estado judeu prorrogue a moratória sobre os assentamentos judaicos na Cisjordânia. O processo de paz, retomado há apenas cinco semanas, chegou a um impasse desde o fim de setembro, quando expirou a moratória unilateral de dez meses adotada por Israel na ampliação dos assentamentos (Por Douglas Hamilton, Reuters). Leia mais em:
Liga Árabe: circunstâncias não são favoráveis para negociações
Na Líbia, líder palestino reúne-se com Liga Árabe para avaliar diálogo de paz

2. “À espera do resultado”

No Brasil, como nos Estados Unidos, a maioria das pessoas não vota para presidente com base em questões de política externa. Mas o resultado ainda assim importa, ocasionalmente, para o restante do mundo como quando o presidente George W. Bush foi declarado vencedor na eleição de 2000 e subsequentemente iniciou duas guerras destrutivas, dispendiosas e desnecessárias. Não resta dúvida de que Lula mudou a política externa brasileira e se uniu aos demais líderes de esquerda latino-americanos para produzir mudanças históricas na região. José Serra criticou Lula por seus esforços de mediação na disputa entre Washington e o Irã, e no Oriente Médio em termos mais amplos. Dilma Rousseff, em contraste, indicou que manteria a política externa independente de Lula. Portanto, a eleição é muito importante para a região e para o mundo. Lula incorreu na ira do aparelho de política externa de Washington quando, em companhia da Turquia, seu governo ajudou a negociar um acordo de troca de combustível nuclear com o Irã, em maio. Tom Friedman, o sabe-tudo do New York Times, classificou esses esforços como "vergonhosos" e "feios de se ver" (Por Marc Weisbrot - é codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington (www.cepr.net) e também presidente da Just Foreign Policy (www.justforeignpolicy.org) – em artigo na Folha de S.Paulo).

3. “Defesa lenta”

No momento em que adquire mais peso e candidata-se a assumir novas responsabilidades no cenário internacional, faz sentido o Brasil ampliar sua presença em iniciativas de manutenção de paz patrocinadas pela ONU. É nesse contexto que devem ser observadas as tratativas para que oficiais brasileiros assumam uma posição de destaque na Unifil, missão que atua no sul do Líbano. Conforme revelou a Folha, já existe um pré-acordo, ainda a ser apreciado pelo Congresso, para o Brasil assumir o comando da força naval da Unifil, atualmente a cargo da Itália. Num segundo estágio, o país enviaria até 300 homens para a missão, que hoje dispõe de 11.449 soldados de 31 países. Se confirmado, esse seria o segundo contingente militar no exterior mais significativo do Brasil, atrás dos cerca de 2.000 militares atualmente no Haiti. A tarefa não é trivial. A Unifil, criada em 1978, tem como objetivo evitar confrontos entre o Exército de Israel e militantes do Hizbollah, milícia extremista que não aceita o Estado judaico. Indefinições quanto a isso, aliás, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, são o fator a retardar a aquisição de 36 caças de fabricantes estrangeiros que disputam um negócio que pode chegar a R$ 16 bilhões - pouco mais de 25% do orçamento do ministério para este ano (Folha de S.Paulo – A2).

4. EUA pressionam árabes a apoiar negociações de paz


O governo do presidente Barack Obama está pressionando líderes árabes a manterem vivo o processo de paz entre Israel e os palestinos. Dias antes do encontro dos chanceleres da Liga Árabe, representantes dos EUA se empenhavam em persuadir líderes árabes a não retirar seu apoio prévio às negociações, já que seu suporte é considerado muito importante para que os palestinos se mantenham à mesa de negociações, especialmente se Israel não renovar o congelamento de novas construções em assentamentos na Cisjordânia (AE e AP).

5. Abbas comunica aos EUA que vai renunciar se construções continuarem


O presidente palestino, Mahmud Abbas, comunicou ao enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, que vai renunciar se continuarem as construções judaicas na Cisjordânia. A renúncia de Abbas representaria não apenas o fim do diálogo com Israel, mas também a dissolução da ANP (Autoridade Nacional Palestina) (Por Akiva Eldar, Haaretz). Leia mais em:
'Palestinians accept 2-month freeze extension proposal'

6. EUA ofereceram incentivos a Israel para estender moratória da colonização


O embaixador israelense em Washington, Michael Oren, revelou que os Estados Unidos ofereceram a Israel incentivos em troca da prorrogação da moratória sobre as construções na Cisjordânia para ajudar a manter as conversações de paz com os palestinos. "O governo dirigiu-se mais uma vez a Israel com uma quantidade de sugestões, incentivos, para que o governo israelense adote um prolongamento (do congelamento) por mais dois ou três meses", afirmou o embaixador Michael Oren ao jornal Washington Post (AFP). Leia mais em:
Oren: U.S. offered Israel incentives for settlement freeze extension
Oren: US offered Israel incentives to encourage freeze

7. Bibi cede à extrema direita para estender moratória de assentamentos


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, vai propor aprovação de uma polêmica emenda à lei de imigração do país, que exigirá de cidadãos não-judeus um juramento de lealdade ao Estado judaico, para obter, em troca, o apoio dos partidos de direita à proposta de renovação da moratória sobre a construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia. A nova lei é uma das principais promessas de campanha do partido de extrema-direita Israel Beiteinu, do chanceler Avigdor Lieberman (estadao.com). Leia mais em:
Israel discute lei que condiciona cidadania à religião judaica
El Gobierno votará polémica enmienda de lealtad al Estado judío

8. “Para entender”

A decisão de encaminhar ao Parlamento israelense um projeto tão polêmico, segundo o jornal Haaretz, seria uma concessão de Netanyahu a seus aliados da ultradireita em troca da aceitação de outra medida considerada essencial para a continuidade do diálogo de paz com os palestinos, patrocinado pelos EUA: o congelamento por pelo menos mais dois meses da ampliação dos assentamentos judaicos na Cisjordânia. O governo do presidente americano, Barack Obama, vem exercendo forte pressão sobre Netanyahu para que declare nova moratória para as novas construções (O Estado de S.Paulo). Leia mais em:
U.S.: We want to see entire Mideast support direct peace talks

9. Oriente Médio pode ter 15 reatores nucleares, diz jornal


Vários países do Oriente Médio podem construir pelo menos 15 novos reatores nucleares até 2025, projetos que podem fazer eclodir uma corrida armamentista na região, revela o diário britânico The Times. Segundo o jornal - que cita países como Egito, Turquia, Kuwait, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Jordânia -, há o temor de que os planos que estão sendo anunciados pelos governos da região sobre os reatores possam provocar uma corrida armamentista em uma região já instável (Efe).

Leia mais em:

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Célia Bensadon

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